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EMS vs DMS

 

A estimação de estado é uma técnica que tem grande utilização nos sistemas de geração/transmissão, pois permite ao operador conhecer o estado da rede quase em tempo real. Tal conhecimento está fortemente ligado com a capacidade de se observar a rede, ou seja, tem que se dispor de medidas que revelem o funcionamento da mesma. Esta capacidade, de observar a rede, foi conseguida através dos investimentos direcionados para aumentar o nível de automação e telecontrolo, bem como a qualidade de serviço neste subsistema. Desta forma, é possível ter acesso a um grande número de medidas, em tempo real, que levam a uma aceitável redundância para os algoritmos da estimação de estado, sendo isto importante na possibilidade de existirem erros nas medidas ou no caso de não existirem medidas.

 

A realidade das redes de distribuição é bem diferente das redes de geração/transmissão, só mais recentemente é que se começou o desenvolvimento de ferramentas de gestão para observar a rede, por isso o acesso a medidas é reduzido. Contribuindo para este facto, a rede de distribuição ser de uma dimensão e complexidade muito superior à rede de geração/transporte, o que levaria a um investimento insustentável para se colocar instrumentos de medida em todos os locais necessários. Devido à impossibilidade de se fazer tal investimento a rede de distribuição apresenta um baixo nível de automação, não sendo observável, tornando escasso o número de medidas em tempo real. Para além disto, na rede de distribuição existe muito pouca informação sobre o nível de baixa tensão. Este conjunto de fatores, leva a que não exista o necessário número mínimo de medidas para se aplicar um estimador de estados às redes de distribuição.

 

Neste caso, para se chegar a uma estimação de estado consistente e realista é necessário recorrer a toda a informação disponível na rede, contando com a informação que não é medida em tempo real.

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